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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Questões Resolvidas - UFRJ - 1998

TEXTO I

O texto a seguir está publicado em obra dedicada
" aos milhares de famílias de brasileiros sem terra ".
Levantados do chão

Como então? Desgarrados da terra?
Como assim? Levantados do chão?
Como embaixo dos pés uma terra
Como água escorrendo da mão?

Como em sonho correr numa estrada?
Deslizando no mesmo lugar?
Como em sonho perder a passada
E no oco da Terra tombar?

Como então? Desgarrados da terra?
Como assim? Levantados do chão?
Ou na planta dos pés uma terra
Como água na palma da mão?

Habitar uma lama sem fundo?
Como em cama de pó se deitar?
Num balanço de rede sem rede
Ver o mundo de pernas pro ar?

Como assim? Levitante colono?
Pasto aéreo? Celeste curral?
Um rebanho nas nuvens? Mas como?
Boi alado? Alazão sideral?

Que esquisita lavoura! Mas como?
Um arado no espaço? Será?
Choverá que laranja? Que pomo?
Gomo? Sumo? Granizo? Maná?

( HOLLANDA, Chico Buarque de. In: SALGADO,
Sebastião. Terra. S P: Companhia das Letras, 1997. p. 111.)
Atenção - vocabulário:
pomo (penúltimo verso) - fruto
maná (último verso) - alimento divino, alimento caído do céu

QUESTÃO 1
As imagens da estrofe 5 constroem-se através da combinação de substantivos com adjetivos, pertencentes aos campos semânticos de AR e de TERRA .

a) A maneira como esses campos semânticos estão combinados resulta em imagens contraditórias, expressas numa figura de linguagem. Diga qual é essa figura de linguagem.
RESPOSTA CORRETA (GABARITO OFICIAL): Paradoxo.

Relacionado com a antítese, o paradoxo é uma figura de pensamento que consiste quando a conotação extrapola o senso comum, ou seja, a lógica. As expressões assim formuladas tornam-se proposições falsas, à luz do senso comum, mas que podem encerrar verdades do ponto de vista psicológico/poético.(Simplificando,é uma afirmação ou opinião que à primeira vista parece ser contraditória,mas na realidade expressa uma verdade possível). Em língua portuguesa, o paradoxo mais citado talvez seja o célebre soneto de Luís de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
A diferença existencial entre antítese e paradoxo, é que antítese toma nota de comparação por contraste ou justaposição de contrários, já o paradoxo reconhece-se como relação interna de contrários:
Antítese: "Eu sou velho, você é moço."
Paradoxo: "Eu sou um velho moço."


b) Essa figura de linguagem revela a opinião do eu-lírico sobre a realidade.
Explique por quê.

REPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL): Na estrofe 5, o paradoxo revela que, na opinião do eu-lírico, a realidade é absurda, incompreensível, inconcebível, estranha ou esquisita. (O candidato poderá utilizar apenas uma das qualificações ou termos equivalentes.)


QUESTÃO 2
No texto, o eu-lírico constrói progressivamente sua visão da realidade: nas estrofes 1, 2, 3, tenta decifrar o significado da imagem “levantados do chão”; nas estrofes 4, 5, 6, vai reforçando sua opinião crítica sobre a realidade.

Releia:

"Um rebanho nas nuvens? Mas como?" ( verso 19 )
"Um arado no espaço? Será?" ( verso 22 )

Nos versos acima, a conjunção adversativa "mas" e o futuro do presente do indicativo são utilizados para enfatizar esse posicionamento crítico.
Explique por quê.
RESPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL): Tanto a conjunção adversativa "mas" quanto o futuro do presente do indicativo "Será" enfatizam a dúvida e o questionamento quanto àquilo que as imagens "rebanho nas nuvens" e "arado no espaço" expressam.
OU A conjunção adversativa "mas" indica a oposição do eu-lírico à idéia expressa pela imagem formulada anteriormente, no verso 19. E o futuro do presente do indicativo "Será" é empregado para marcar a dúvida quanto àquilo que a imagem apresentada no verso 22 representa.

CLICK E LEIA SOBRE CONJUNÇÃO
pt.wikipedia.org (CONJUNÇÃO)
Conjunção é uma das dez classes de palavras definidas pela gramática. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.
São exemplos de conjunções: portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme.
Quando duas ou mais palavras exercem função de conjunção dá-se-lhes o nome de locução conjuntiva. São exemplos de locuções conjuntivas: à medida que, apesar de, afim de que.
As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos que ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível sintático, são ditas conjunções coordenativas.
Quando conectam duas orações que apresentem diferentes níveis sintáticos, ou seja, uma oração é um membro sintático da outra, são chamadas de conjunções subordinativas.
Apesar de ser uma classe de palavras com muitas classificações, são poucas as conjunções propriamente ditas existentes. A maioria delas são na verdade locuções conjuntivas (mais de uma palavra com a função de conjunção) ou palavras de outras classes gramaticais que às vezes exercem a função de conjunção em um período.
As conjunções ditas "essenciais" (isto é, palavras que funcionam somente como conjunção) são as seguintes: e, nem, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, ou, porque, porquanto, pois, portanto, se, ora, apesar e como.

Adversativas
Indicam uma relação de oposição, bem como contraste ou compensação, entre as unidades ligadas. São elas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, no obstante, , apesar disso,, etc.
Ex:O carro bateu mas ninguém se feriu.





TEXTO II

Terra em chamas
Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado. Existem 371 milhões de hectares prontos para a agricultura no país, uma área enorme, que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uruguai somados. Mas apenas 14% dessa terra, igual à Alemanha, tem algum tipo de plantação. Outros 48%, área quase igual à do México, destinam-se à criação de gado. O que sobra, uma África do Sul inteira, é o que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à-toa esconde-se outro problema agrário brasileiro. Quase metade da terra cultivável está nas mãos de 1% dos fazendeiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertence a 3,1 milhões de produtores rurais. É como se a população da cidade de Resende, no interior do Estado do Rio de Janeiro, fosse dona de três Franças, enquanto a população da Nova Zelândia tivesse apenas um Estado de Santa Catarina.

(...)

(...) Juntando tanta terra na mão de poucos e vastas extensões improdutivas, o Brasil montou o cenário próprio para atear fogo ao campo. É aí que nascem os conflitos, que nos últimos quinze anos, só em chacinas, fizeram 115 mortos. Daí surge a massa de sem-terra, formada tanto por quem perdeu seu pedaço para plantar como pela multidão de excluídos, desempregados ou biscateiros da periferia das grandes cidades, que são, de uma forma ou de outra, gente também ligada à questão da terra - porque perdeu a propriedade, porque não choveu, porque o pai vendeu a fazenda, porque ela foi inundada por uma represa.

( VEJA. "Sangue em Eldorado". SP
Editora Abril, Edição 1441 / Ano 29 / N 17. 24/04/96. p. 40.)



Atenção - vocabulário:
conflagrado (linha 2) - em agitação, em convulsão

QUESTÃO 3
Um dos aspectos do problema tematizado em "Terra em chamas" está discutido no seguinte trecho:

" O que sobra, uma África do Sul inteira, é o que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à-toa esconde-se outro problema agrário brasileiro."

a) Aponte a diferença de sentido entre "terra ociosa" e "terra à-toa", no trecho destacado.
REPOSTA CORRETA (GABARITO OFICIAL): A expressão "terra ociosa" significa terra desocupada ou improdutiva. Em "terra à-toa" tem-se ainda o sentido de terra abandonada, desprezada ou largada.
OU A expressão "terra à-toa" tem o sentido de terra abandonada, desprezada ou largada.

b) O emprego da expressão "terra à-toa" , em confronto com a expressão "terra ociosa" , manifesta a função emotiva ( ou expressiva ) da linguagem.
Explique por quê.
RESPOSTA CORRETA (GABARITO OFICIAL): A expressão "terra à-toa" manifesta a função emotiva da linguagem porque revela a opinião (ou a avaliação) do emissor do texto acerca do objeto de que fala.




TEXTO III

Devido à sua importância, o Romantismo deixou marcas que reaparecem como herança em muitos textos produzidos posteriormente na Literatura Brasileira. Este poema de Olavo Bilac apresenta algumas dessas marcas.

Sonho

Ter nascido homem outro, em outros dias,
- Não hoje, nesta agitação sem glória,
Em traficâncias e mesquinharias,
Numa apagada vida merencória

Ter nascido numa era de utopias,
Nos áureos ciclos épicos da História,
Ardendo em generosas fantasias,
Em rajadas de amor e de vitória:

Campeão e trovador da Idade Média,
Herói no galanteio e na cruzada,
Viver entre um idílio e uma tragédia;

E morrer em sorrisos e lampejos,
Por um gesto, um olhar, um sonho, um nada,
Traspassado de golpes e de beijos!

( BILAC, Olavo. Olavo Bilac: obra reunida.
RJ: Nova Aguilar, 1996. p. 284.)

Atenção - vocabulário:
merencória ( verso 4 ) - melancólica



QUESTÃO 4
Do verso 2 ao verso 6, o poema caracteriza o TEMPO, recriando a ambiência romântica.
Justifique essa afirmação, com suas palavras, e exemplifique com adjetivos presentes nesses versos.
RESPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL): Nesses versos, o passado é idealizado (tem valor positivo), e o presente é desvalorizado (assume valor negativo). Os adjetivos que exemplificam essa recriação da ambiência romântica são "apagada" e "merencória" para o presente e "áureos" e "épicos" para o passado.
(O candidato poderá escolher entre uma das oposições seguintes: passado positivo x presente negativo ou passado idealizado x presente desvalorizado ou insatisfatório. Poderá, ainda, apontar apenas um adjetivo para a caracterização de cada uma das marcações temporais - passado e presente.)



QUESTÃO 5
Os tercetos do poema "Sonho" definem o SUJEITO, acentuando-lhe dois aspectos que recriam, também, a atmosfera romântica.
Justifique essa afirmação, com suas palavras, e exemplifique com dois substantivos retirados do primeiro terceto do poema.
RESPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL): Os tercetos do poema "Sonho" definem o SUJEITO, acentuando-lhe dois aspectos que recriam, também, a atmosfera romântica.
Justifique essa afirmação, com suas palavras, e exemplifique com dois substantivos retirados do primeiro terceto do poema.
Nos tercetos do poema, o sujeito é definido como um ser acentuadamente idealista, sonhador, passional, arrebatado, sentimental, combativo, aventureiro, heróico. No primeiro terceto, os substantivos que definem o sujeito de acordo com a perspectiva romântica são "campeão", "trovador" e "herói".
(O candidato deverá assinalar apenas dois aspectos definidores do sujeito no poema. Bastará, ainda, ao candidato registrar dois substantivos retirados do primeiro terceto. )

CLICK E LEIA SOBRE CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO
pt.wikipedia.org (CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO)
CARACTERÍSTICA DO ROMANTISMO
A idealização da realidade - A análise dos fatos, das aparências, dos costumes etc era muito superficial e pessoal, por isso era idealizada, imaginada, assim o sonho e o desejo invadiam o mundo real criando uma descrição romântica e mascarada dos fatos.



QUESTÃO 6
No poema, sonha-se com um mundo diferente daquele em que o eu-lírico se encontra.
O primeiro verso aponta essa diferença através do emprego do pronome indefinido outro. Observe:
"Ter nascido homem outro, em outros dias,"
Com base na organização sintática do verso acima, indique dois procedimentos utilizados para enfatizar essa diferença.
RESPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL): Os procedimentos sintáticos utilizados para enfatizar essa diferença são a inversão da colocação do pronome indefinido e a sua repetição.
(O candidato poderá apontar ainda o encadeamento que se cria entre os dois pronomes indefinidos, decorrente do deslocamento do primeiro pronome. Serão aceitos também como resposta os nomes das figuras correspondentes à repetição e ao deslocamento, ocorridos no poema.)

CLICK E LEIA SOBRE PRONOME INDEFINIDO
pt.wikipedia.org (PRONOME INDEFINIDO)
"Chamam-se indefinidos os pronomes que se aplicam à 3ª pessoa gramatical, quando considerada de um modo vago e indeterminado".
Pronomes Indefinidos Variáveis:Algum,alguns,algumas,nenhum,nenhuns,nenhuma(s),outro(s),outra(s),todo(s),toda(s),muito(s),muita(s),pouco(s),pouca(s),certo(s),certa(s), vário(s),vária(s),tanto(s),tanta(s),quanto(s),quanta(s),qualquer,quaisquer,etc...
Pronomes Indefinidos Invariáveis: alguém, ninguém,outrem,tudo,nada,cada,algo,quem.




TEXTO IV

O utopista
Ele acredita que o chão é duro
Que todos os homens estão presos
Que há limites para a poesia
Que não há sorrisos nas crianças
Nem amor nas mulheres
Que só de pão vive o homem
Que não há outro mundo.

(MENDES, Murilo. Murilo Mendes: poesia completa e prosa. RJ: Nova Aguilar, 1994.)

CLICK E LEIA SOBRE MURILO MENDES
pt.wikipedia.org (MURILO MENDES)

CLICK E LEIA SOBRE MODERNISMO BRASILEIRO
pt.wikipedia.org (MODERNISMO BRASILEIRO)



QUESTÃO 7
No poema, o pronome pessoal "Ele" não se refere ao utopista.
Justifique a afirmação, com base na relação entre o título e o último verso do poema.
RESPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL): O pronome pessoal "Ele" não se refere ao utopista, já que utopista é aquele que acredita na possibilidade de um outro mundo, melhor que o existente.




TEXTO V

Cidade Prevista

Guardei-me para a epopéia
que jamais escreverei.
Poetas de Minas Gerais
e bardos do Alto-Araguaia,
5 vagos cantores tupis,
recolhei meu pobre acervo,
alongai meu sentimento.
O que eu escrevi não conta.
O que desejei é tudo.
10 Retomai minhas palavras,
meus bens, minha inquietação,
fazei o canto ardoroso,
cheio de antigo mistério
mas límpido e resplendente.
15 Cantai esse verso puro,
que se ouvirá no Amazonas,
na choça do sertanejo
e no subúrbio carioca,
no mato, na vila X,
20 no colégio, na oficina,
território de homens livres
que será nosso país
e será pátria de todos.

Irmãos, cantai esse mundo
25 que não verei, mas virá
um dia, dentro em mil anos,
talvez mais... não tenho pressa.
Um mundo enfim ordenado,
uma pátria sem fronteiras,
30 sem leis e regulamentos,
uma terra sem bandeiras,
sem igrejas nem quartéis,
sem dor, sem febre, sem ouro,
um jeito só de viver,
35 mas nesse jeito a variedade,
a multiplicidade toda
que há dentro de cada um.
Uma cidade sem portas,
de casas sem armadilha,
40 um país de riso e glória
como nunca houve nenhum.
Este país não é meu
nem vosso ainda, poetas.
Mas ele será um dia
45 o país de todo homem.
( ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião: 10 livros de poesia. 10 ed . RJ: José Olympio, 1980. )

Atenção - vocabulário:
bardos ( verso 4 ) - trovadores


CLICK E VEJA O SITE OFICIAL DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SITE OFICIAL (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)



QUESTÃO 8
O confronto entre as atitudes de ruptura e de continuidade é marca importante do Modernismo brasileiro.
No poema "Cidade Prevista", a articulação entre ruptura e continuidade aparece associada à preocupação metalingüística do eu-lírico.
Do trecho compreendido entre os versos 3 e 11, retire dois versos que, em confronto, comprovem a afirmação do parágrafo imediatamente acima.

RESPOSTA CORRETA (GABARITO OFICIAL): Os versos que, em confronto, comprovam a afirmação são os seguintes:
"O que eu escrevi não conta." (verso 8) e "recolhei meu pobre acervo," (verso 6)
OU "O que eu escrevi não conta." (verso 8) e " Retomai minhas palavras," (verso 10)
(O candidato deverá selecionar apenas um dos pares de versos.)




QUESTÃO 9
No segundo parágrafo de "Terra em chamas" ( Texto II ), os vocábulos "sem-terra", "excluídos" , "desempregados" remetem para uma realidade caracterizada pela ausência e pela falta.
Ausência e falta caracterizam também a realidade idealizada no poema de Drummond (Texto V, versos 28 a 33).
Essas realidades de ausência e de falta têm valor positivo ou negativo em cada um dos textos citados? Justifique a resposta, com suas palavras.

RESPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL): Em " Terra em chamas" (Texto II), a realidade de ausência e de falta assume valor negativo porque indica a carência do que é indispensável para a vida. Em contrapartida, no poema "Cidade Prevista" (Texto V), a realidade de ausência e de falta tem valor positivo, pois assinala a inexistência daquilo que limita, que cerceia, que constrange ou que causa desconforto e desavença.
(Na resposta sobre o Texto V, o candidato poderá indicar apenas um dos elementos caracterizadores, enumerados, na formulação acima, a partir de "assinala a inexistência".)



QUESTÃO 10
a) Em "Cidade prevista" (Texto V), caracteriza-se indiretamente a realidade presente.
Justifique essa afirmação, com suas palavras.
RESPOSTA CORRETA (GABARITO OFICIAL): Em "Cidade Prevista", a configuração da realidade presente resulta de uma oposição implícita à caracterização da realidade prevista.



b) Em contrapartida, em "O utopista" (Texto IV), caracteriza-se indiretamente um mundo ideal.
Justifique essa afirmação, com suas palavras.
RESPOSTA PADRÃO (GABARITO OFICIAL):No texto IV, o mundo ideal será o contrário daquilo em que acredita quem não é utopista ("Ele").

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